Já há alguns anos, design deixou de ser um termo em inglês que estudantes e profissionais de áreas correlatas tinham dificuldade em explicar para seus pais e avós para tornar-se um termo amplo e presente nas mais diferentes situações.
Podemos dizer que o termo sofre com essa banalização? Não exatamente.
Design de bolo, design de sobrancelha, design de cabelo etc. Design tornou-se uma palavra que agrega valor.
A popularização do termo trouxe a tona que é notória a sua importância, o que vem fazendo com que o mercado enxergue o design como uma atividade fundamental.. O benefício consequente para os profissionais de design é a valorização do serviço.
Nos dias atuais o design deixa de ser visto como algo supérfluo para ocupar uma posição de destaque estratégico. E no marketing de conteúdo isso não poderia ser diferente.
De acordo com a Content Trends 2017, 71% das empresas já adotam estratégias de marketing de conteúdo. Isso significa que 7 de cada 10 concorrentes seus estão atraindo clientes e gerando receita através de marketing de conteúdo.
E o que tem o design a ver com isso? Muito simples.
Ele te difere dos seus concorrentes.
Design é uma das principais ferramentas para mostrar o quão autêntica é a sua marca. Sendo assim, o design, mais do que bom, deve ser original e transmitir os seus valores e culturas. Chamamos essa prática de branding, mas esse não é o nosso foco (ainda).
O que precisa ficar claro aqui é que um bom design faz o seu conteúdo se destacar.
Por mais que seja um conteúdo textual, um bom design faz com que o leitor se interesse por ele.
Joseph Kalinowski — diretor criativo na Content Marketing Institute — diz que “ter um design fraco ou de mal gosto pode fazer com que o seu conteúdo seja ignorado ou se perca no feed”.
Joe Pulizzi — fundador da Content Marketing Institute — tem uma opinião bem parecida. Diz ele que “se o design não gera engajamento ou chama atenção, o seu conteúdo pode nunca ser lido”.
Neil Patel — co-fundador da Crazy Egg e da Hello Bar — diz que “é mais fácil transmitir uma mensagem através de design e imagens, o que vai gerar mais tráfego e mais compartilhamentos nas redes sociais”.
Além disso, um estudo feito pela Ethos3 — We Live in a Visual World — indica que 90% das informações assimiladas pelos cérebro são visuais!
Sabendo de tudo isso, vamos aos principais pontos
Atratividade
Ao falar sobre marketing de conteúdo, muito fala-se sobre escaneabilidade.
Uma boa escaneabilidade permite que o leitor encontre rapidamente os pontos principais dentro de um conteúdo.
Mas e o que é que faz o seu conteúdo ser notado entre tantos outros conteúdos?
Somos bombardeados por informações 24 horas por dia, por todos os lados, em inúmeras plataformas. Ser notado no meio desse turbilhão de opções é um desafio diário para qualquer criador de conteúdo.
Afinal, o seu conteúdo por ser excelente, mas para que as pessoas o leiam, ele precisa ser também visualmente atraente.
Isso nada tem a ver com beleza. Tem a ver com destaque.
Um bom design não precisa ser complicado. Ele precisa sintetizar uma ideia de forma rápida e simples. E o que determina se um design é efetivo é a quantidade de cliques e/ou conversões que ele atrai.
Consistência
O que é bonito ou feio é impossível de ser determinado. Filosoficamente, debate-se desde sempre sobre “o que é belo?”, mas isso envolve tantas variáveis que se torna impossível de determinar. Mas algo que podemos controlar é a consistência do nosso design.
Um design consistente torna o seu conteúdo facilmente identificável.
Vamos pensar da seguinte forma: você produz conteúdos incríveis. Mas as pessoas não sentem-se atraídas por eles pois eles não são visualmente atrativos. Seu conteúdo não tem acessos. Logo, você decide investir em design.
O designer começa a criar imagens para os seus conteúdos, que começam a ser mais acessados. As pessoas agora sabem que o seu conteúdo é excelente!
Como o design que acompanha os seus conteúdos é consistente, as pessoas conseguem diferenciar o que é produzido por você ou não só de bater o olho! Elas passam a acessar os conteúdos pois reconhecem que aquela imagem é sua e sabem que os seus conteúdos valem a pena serem acessados.
Você é reconhecido! As especificidades do seu design consistente deu ao seu conteúdo uma “cara própria” e diferenciada.
O design engaja o público!
Aqui na Rock Content, nós trabalhamos duro para manter a consistência do nosso design e procuramos sempre criar novas formas de juntar design e conteúdo.
Quando você se torna referência, eventualmente você começa a ser copiado. Por isso é importante inovar sempre!
Design e conteúdo funcionam melhor quando estão juntos
Assim como feijão com arroz, pão com manteiga e morango com leite condensado. Já dizia a minha mãe, “junte uma delícia com outra delícia e tenha duas delícias”. 😀
Um estudo que já vem sendo feito há 10 anos pela Design Management Institute and Motiv, Inc. mostra que entre 2004 e 2014, marcas que usam o design para guiar suas estratégias de marketing (como a Apple e a Coca-Cola) mantém vantagem significativa no mercado de ações, superando o S&P por extraordinários 219%.
Sabemos o orçamento que essas marcas investem em design é absolutamente fora da curva, mas não é necessário investir rios de dinheiro para ter um design consistente e funcional.
Um bom designer pode dar conta do recado e, se a estratégia for bem traçada, quando houver mais demandas de design e novas contratações forem necessárias, a sua receita também terá aumentado, possibilitando essas contratações.
Assimilação
Como já foi dito e repetido, o cérebro humano trabalha melhor se visualmente estimulado.
Dessa forma, podemos concluir que a sua mensagem pode ficar muito mais clara e o seu público pode ficar muito mais esclarecido se aliarmos design ao conteúdo.
E isso pode ser feito de diversas formas.
- Imagens podem ser adicionadas nos seus blogposts para auxiliar em explicações, dando exemplos ou sintetizando ideias mais abstratas. A famosa frase “entendeu ou quer que eu desenhe?” é bem aplicada à essa situação.
- Infográfico é um poderoso tipo de conteúdo visual que gera engajamento, instrui o público e é visualmente atrativo. Infográficos podem ser extensos e tratarem de um assunto longo e complexo ou pode ser uma imagem pequena, que pode complementar uma ideia em um blog post, em um ebook ou pode ser compartilhada nas redes sociais. Esse tipo de conteúdo tem um grande potencial viral. Enfim, existem diversos tipos de infográficos e você pode saber mais sobre o assunto clicando aqui.
- Iconografia é a sintetização máxima de uma ideia. Ícones são geralmente pequenas imagens bastante simplificadas que passam uma mensagem. No caso de um infográfico, ícones são amplamente utilizados pois já há um excesso de informações no mesmo lugar. Sendo assim, quanto mais sintetizada forem as imagens que formam esse infográfico, melhor.
- Vídeos estão em seu auge no que se refere a conteúdo digital, e essa crescente não tem nenhuma previsão de mudar de curso. Vídeos são simples de serem feitos, qualque celular filma vídeos com uma qualidade honesta. Editar vídeos também não tem segredo.
- Animações são um pouco mais complexas de ser produzidas, mas às vezes uma imagem estática não é o bastante para que uma informação fique totalmente clara. Nesses casos, uma animação pode resolver o problema. Ou então, vale adicionar movimentos simples a uma imagem pelo simples fato de que ela chama mais atenção.
O uso de design em estratégias de marketing de conteúdo não é apenas importante; é imprescindível!
Por mais que você não esteja apto a basear toda a sua estratégia em design como grandes empresas fazem, não ignore este detalhe. O preço a ser pago por isso será muito maior do que o investimento em um bom designer.
FONTE: Marketing de Conteúdo